Outer Wilds é o melhor jogo de todos
Opa, boa tarde pra geral! Aqui estou eu mais uma vez, e dessa vez escrevendo sobre o jogo que não se pode falar a respeito: Outer Wilds! (Favor não confundir com Outer Worlds, são jogos diferentes.)
Quem me conhece sabe que esse é meu jogo favorito de todos, então no meu universo seria praticamente um crime não fazer um post sobre ele. Antes de qualquer coisa, uma breve explicação sem spoiler: nesse jogo, você é um alienígena em um sistema solar com vários planetas. A cada 22 minutos, o Sol explode e o ciclo recomeça.
O jogo não te diz exatamente o que fazer, você precisa descobrir, e é justamente essa a graça: é só você e sua curiosidade. É sua vontade de aprender que te move, já que não tem "quests" definidas. Se for jogar, NÃO PESQUISA NADA SOBRE O JOGO, ou vai estragar sua experiência. Pra quem quiser jogar, tá disponível em console e PC. É meio caro, mas na minha opinião, vale cada centavo (se você for do tipo que não desiste fácil).
Se ficou interessado, para de ler, porque vamos entrar na área dos spoilers! É sério, pegar spoiler desse jogo estraga total a experiência de descobrir tudo.
Okay, se você tá lendo essa parte, ou já jogou o jogo, ou não quer jogar. Ou simplesmente não liga pra spoilers, não sei. Enfim, vamos lá: minha experiência com esse jogo foi de outro mundo, ainda mais sendo alguém naturalmente curioso. Uma das partes que mais gosto no jogo é ver conceitos da mecânica quântica sendo aplicados macroscopicamente, e ver como o universo interage com isso.
Mas minha parte favorita de todas foi estudar os Nomai. Eu amo essa civilização, amo ler as descobertas deles, ver o quanto eles se dedicavam à ciência, e o quanto isso era importante pro povo deles. Chegar na Cidade do Ocaso no Gêmeo Cálido e ver tudo que eles deixaram pra trás foi triste. Chegar na Cidade Dependurada no Vale Incerto foi ainda pior. Chegar no núcleo do Xereta, o cometa que trouxe a extinção, foi de partir o coração.
Conheci alguns dos Nomai através dos textos, me apeguei a alguns deles, acompanhei enquanto eles desenvolviam laços, ri dos trocadilhos científicos, e dói saber que tudo aquilo que eu via escrito nas paredes já tinha milhares de anos. Eles já estavam mortos.
Chegar na Lua Quântica foi a parte mais emocionante. Consegui ir até a Sexta Localização, pra encontrar a Solanum. Aquela jovem Nomai que eu conheci nas paredes do Vale Incerto, aquela que eu vi tendo incertezas e dúvidas, tendo curiosidade, tendo empolgação, e por fim, fazendo sua peregrinação até a Lua Quântica. E encontrar ela lá, viva, apesar de morta, me fez chorar. Ela estava lá. Estudei por tanto tempo aquela espécie, aquela civilização, a ponto de deixar de vê-los como um simples material de estudo, e então tive a oportunidade de conhecer um deles em seu estado consciente. Mas ela já tinha uma ideia do que estava acontecendo, ela sabia que não estava completamente viva.
Descobrir que o Sol estava no fim de seu ciclo natural de vida também foi um soco no estômago. A supernova não foi causada pela Estação Solar, era simplesmente natural e inevitável. Não tinha nada a fazer, e todos iriam morrer.
E por fim, o Olho do Universo. Aquele que guiou os Nomai até o sistema solar em que encontraram seu fim, aquele que emitiu o sinal como uma espécie de chamado. O que me toca não é o Olho em si, não é essa entidade cósmica não-consciente. O que me toca é o significado que ele teve pros Nomai. Mistério, aprendizado, amor à ciência, pesquisa, e principalmente curiosidade. As coordenadas do Olho têm ainda mais significado pra mim, sendo literalmente um guia. As coordenadas que vou tatuar no meu pulso, como uma forma de nunca me perder desse caminho do conhecimento.
O final do jogo me deixou perplexo e atordoado. Ver um novo universo ser criado diante dos meus olhos foi só... Não tenho palavras pra descrever. Assisti em silêncio enquanto os créditos subiam na minha tela, sem conseguir esboçar outra reação além do choro que começava a aparecer. Naquele momento, eu soube que nunca mais teria aquela experiência de novo. É algo que só se vive uma vez. E nunca mais vou conseguir ficar tão imerso em um videogame. Quando cheguei no Olho do Universo e encontrei meus colegas do Recanto Lenhoso, senti uma emoção forte, mas quando encontrei a Solanum, não consegui conter as lágrimas. "Fico feliz por ter se lembrado", foi o que ela disse.
Feliz por não ter sido esquecida na Lua Quântica. Mas como poderia ser esquecida? A memória dos Nomai continuou vivendo através das ruínas de cidades e textos nas paredes. Seus corpos podem ter sido extintos, mas seu conhecimento sempre vai ser passado adiante. Eles sempre vão ser uma parte importante da História desse mundo fictício tão belo e poético.
Acho que me empolguei um pouco enquanto escrevia, então vou encerrar por aqui. Espero que tenham gostado desse post um pouco mais emocional que os anteriores. É nóis, e até a próxima!
Adorei o post, no caso, o primeiro pedacinho sem spoiler, pq tu me deu vontade de jogar e poanejo faze-lo assim que eu me tornar um ser humano que tem dinheiro.
ResponderExcluirBoa! Quando jogar, conta a experiência (e não esquece de voltar aqui depois pra ler o resto :D)
Excluiramei demais o post!! lembrei do dia que vc apoiou o celular no joelho pra vc conseguir jogar e gravar a chamada de vídeo pra eu ver KWJDJWJDJ (e a misty no fundo correndo parecendo um vulto preto q atr me assustou uma hora
ResponderExcluirLive pela chamada do WhatsApp djajska temos que fazer isso de novo algum dia
ExcluirAi, eu já sou apaixonada nesse jogo desde quando você comentou no grupo, queria ter uma estrelinha e fazer um mundo todo preto, aliás, espero vê fotos deles viu, principalmente o rosa, kkkkk, aliás, o azul que o povo vive que nem um pirata vai acontecer? Na expectativa, quem sabe nesse ano meu pai não deixe eu montar computador para jogar ele, beijinhos e até o próximo poste.
ResponderExcluirTe garanto que o sistema solar do jogo é muito mais legal do que aquele que eu estava criando dkajska
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